Sul de Itália — quem nunca sonhou com uma viagem por esta idílica região? As
paisagens montanhosas que conhecem o mar, a gastronomia e cultura únicas, os
cenários, as praias, os aromas, as pessoas…
Não faltaram razões para me levar a visitar esta belíssima região italiana e, se lhe faltar um roteiro, não vá mais longe. Já o encontrou!
Sul de Itália — um paraíso na terra

De norte a sul, passando pelas ilhas, Itália é um país de sonho para visitar. Porém, o sul
continua a ser a escolha de muitos turistas e parte dos argumentos prendem-se com a
natureza, a história, a arquitetura, a arte, a gastronomia e o património cultural.
E, como se não bastasse, o sul de Itália oferece ainda praias quase utópicas, dignas das
mais belas longas metragens italianas. Como é banhada por três mares, o Adriático, o
Jónico e o Tirreno, a zona costeira desta região é lindíssima e vai mudando enquanto a
percorre. Por isso, passeios de barco e visitas às praias não faltaram na minha viagem,
assim como passeios de balão, carro e bicicleta, visita vinhas ou ao coração da
produção dos meus queijos e azeites favoritos.
Qual a melhor altura do ano para visitar o sul de Itália?
Como qualquer zona turística, a temporada alta é mais agitada e tem preços mais altos.
Por isso, mergulhei nos mares do sul de Itália no fim do verão, ou seja, maio, junho,
setembro e outubro. Estes são bons meses para uma experiência destas: as
temperaturas ainda são geralmente amenas e as cidades estão ativas.
Sul de Itália — cidades a visitar
Por toda a Itália, mais a litoral ou no interior, em zona montanhosa ou ao pé da praia,
em grandes metrópoles ou em ‘pequenos refúgios’, há imensas cidades com o selo de
“imperdível”. Por si só, o sul tem uma longa lista de locais a visitar.
O que visitar em Campânia?
A região de Campânia tem alguns dos segredos mais bem escondidos de todo o Sul de
Itália: Nápoles, Costa Amalfitana, Sorrento, Capri e muitas outras. Confira!
Nápoles
Nápoles é paragem obrigatória. Visitei a Piazza del Plebiscito, a Galleria Umberto (que
não fica nada atrás da Galleria Vittorio Emanuele II, em Milão) e subi até à colina de
Posillipo para ter uma das melhores vistas sob a Baía de Nápoles.
A minha viagem incluiu ainda as Catacumbas de San Gennaro, a Catedral de Nápoles e, claro, Pompeia, a cidade perfeitamente preservada pelas cinzas do vulcão Vesúvio.
Costa Amalfitana
A costa Amalfitana ganhou o nome graças à cidade de Amalfi, nas margens do Mar
Mediterrâeno. As suas principais atrações são a Catedral de Sant’Andrea, a Grotta dello
Smeraldo, as cidades de Amalfi e Positano, e claro, as praias.
A lista de praias onde mergulhar nesta zona seria interminável, mas não deixei de conhecer a Praia Grande e a Praia di Fornillo.

Sorrento
A cidade de Sorrento é uma espécie de divisória entre os golfos de Nápoles e Salerno e
oferece a fusão perfeita entre mar e montanha. Construída sob um rochedo, oferece
uma variedade de boutiques, lojas de artesanato e gelatarias. No meu passeio, não
deixei de conhecer a zona da Marina, de provar o Limoncello e de fazer os “Sentiero
degli Dei” (Caminho dos Deuses). Como sou grande fã de arte e cultura, visitei três dos
principais museus da região: Villa Fiorentino,Tarsila Lignea e Correale.
Capri
Terminei a viagem pela região da Campânia em Capri. Por cá, o tempo foi curto para
visitar todas as maravilhas da região e ainda passear e relaxar pelas ruas. Visitei as
ruínas da Villa Jovis, o Mosteiro de San Giacomo, a Piazza Umberto I (ou Piazetta, como
também é conhecida), os Jardins de Krupp, a Gruta Azul e os Faraglioni di Capri.

Basilicata — florestas e montanhas onde nos queremos perder
Matera
A belíssima cidade de Matera, declarada Património da Humanidade, é uma cidade de
vários nomes. Entre eles, “Cidade das Rochas” e “Cidade Subterrânea”, graças à rede de
cavernas com milhares de anos.
A sua beleza conquista turistas, fotógrafos, mas também cineastas. Matera foi pano de fundo para filmes como “A Paixão de Cristo”, de Mel Gibson.
Castelmezzano
Castelmezzano é uma das vilas mais bonitas não só do sul de Itália, mas de todo o país!
Uma das principais atrações é “O Voo do Anjo”: um cabo de aço que liga Castelmezzano
a Pietrapertosa. Se não quiser fazer esta ligação por ar pode fazê-lo por terra, através
do Caminho das Sete Pedras.
Mais no Centro Histórico, encontrei a Igreja Matriz de Santa Maria dell’Olmo, Igreja do Santo Sepolcro, as capelas de Santa Maria, a Madonna dell’Annunziata, San Marco, vários palácios e ruínas de um castelo.
Craco
No final do século XX, Craco tornou-se uma cidade fantasma depois de ter sido
abandonada devido a um deslizamento de terras. Localizada a 400 metros do chão,
Cacro oferece fantásticas vistas panorâmicas, um castelo construído no século XIV e
uma experiência arrepiante e quase fantasmagórica.

O que visitar em Puglia?
Um passeio pela província de Puglia deve incluir as cidades de Alberobello, a “Jóia de
Puglia”, conhecida pelas casas com telhado em forma de cone, Taranto, Porto Cesareo,
Lecce, Gallipolli, Leuca, Castro e Otranto.
Bari
A cidade de Bari, capital de Puglia, conta já com mais de 2000 anos de história. Por aqui,
recomendo um bucólico passeio pela Bari Vecchia (“Bari Velha”), o centro histórico da
cidade, que inclui o Castello Normanno-Svevo, a Basilica di San Nicola, a Cattedrale di
San Sabino, Piazza del Ferrarese e o Bairro Murat, que acolhe o maravilhoso Teatro
Petruzzelli.
Polignano a Mare
Polignano a Mare tem a paisagem que mais vai ver em postais de Puglia. Construída
sob uma falésia que abraça um mar azul turquesa, o seu centro histórico, feito de ruas
estreitas e sinuosas, é morada para vários edifícios e igrejas antigas.
Os seus vários penhascos e miradouros oferecem vistas verdadeiramente magníficas para o mar
Adriático e praias com fundos deslumbrantes, como a Praia de Monachile, Grottone e Cala Paura.

Monopoli
Para muitos, Monopoli é a cidade mais charmosa e pitoreca de toda a região. Por não
ser tão turística como as vizinhas Alberobello e Bari, oferece uma experiência única.
Pude conhecer o lado mais simples da cidade ao ver os pescadores tratar das suas
redes, ao mesmo tempo que me deliciei com tudo o que Monopoli tem para oferecer:
atividades, restaurantes, praias, boutiques, etc.
O que visitar em Sicília, no Sul de Itália?
E como terminar um roteiro pelo sul de Itália sem mencionar a maravilhosa Sicília? Para
mim, um roteiro pelo país-bota estaria incompleto sem a Sicília e pelas praias de água
cristalina que a rodeia.
Algumas das cidades a visitar por aqui são Tropea, Crotone, Pentedattilo e Reggio Calabria, Agrigento e Catânia, mas foquemos em Palermo, Siracusa e Taormina.
Palermo
Palermo é o ponto de encontro entre o Mar Mediterrâneo e aquelas que foram as rotas
de guerra e comércio. Nesta cidade, é possível identificar traços da presença de
diferentes povos: austríacos e noruegueses, árabes e bizantinos, franceses e espanhóis,
eslavos e romanos… Se tiver olho para história da arte, repare como as criações
artísticas, arquitetónicas e culturais têm a sua influência.
Em Palermo, sugerimos um descontraído passeio pelo centro histórico, passando pelo
Palácio dos Normandos, a Catedral de Palermo, o colorido e aromatizado Mercado de
Ballaro e, se procurar uma experiência diferente, as Catacumbas dos Capuchinhos de
Palermo. Não há como ficar aborrecido em Palermo!

Siracusa
Na costa oriental da Sicília, está Siracusa: uma cidade com uma enorme herança
histórica, que em 2005 passou a ser Património da Humanidade da UNESCO.
Para conhecer Siracusa tem mesmo de visitar a charmosa Ilha Ortigia, onde pode chegar
através de três pontes. Aqui, encontrará a Praça do Duomo, a Catedral della Navitá di
Maria Santissima, o Palazzo Vermexio e o Palazzo Borgia de César.
Taormina
Terminei o meu roteiro pelo sul de Itália em Taormina. Esta maravilhosa cidade foi
construída em cima de uma rocha, no topo de uma montanha ao pé do mar, pelo que
a consideram uma obra arquitetónica extraordinária.
Taormina é considerada por muitos como a “Jóia da Sicília”, rodeada por um mar de águas transparentes e os tons majestosos do Monte Etna. Deixe-se encantar pela fantástica vista panorâmica, pelos
palácios do centro histórico, mas também pela Praça do Duomo, a Fonte de Pedra e a Torre do Relógio.
Num mundo ideal, teríamos várias semanas para explorar todos os cantos do Sul de
Itália: as paisagens, as praias, as praças e palácios, os sabores e aromas. Já está a fazer
as malas? Boa viagem!